“Muito bem servo, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito”. Mateus 25.23 (NVI)
Estamos presenciando uma nova geração de cristãos que têm se habituado a grandes eventos. Cultos espetaculares são transmitidos pela televisão, encontros de milhares de pessoas são organizados para a gravação de CDs de determinadas bandas evangélicas, organização de mega acampamentos,há uma obsessão pelos grandes eventos e pelas reuniões de milhares.
Por trás de toda essa mobilização, existe muitas vezes uma idéia no inconsciente coletivo das pessoas: “Deus só age em grandes eventos. Deus só age nos cultos com grandes pregadores. Deus só age quando bandas famosas tocam. Deus só age quando determinado número de pessoas se reúne”, enfim, “Deus só age no extraordinário”.
E a lógica é a seguinte, se Deus age apenas em momentos extraordinários, o compromisso da parte do ser humano só será em momentos extraordinários, a espiritualidade só será exercitada nestes momentos.
Muitas pessoas com essa visão acabam perdendo a sensibilidade para distinguir a ação de Deus nas pequenas coisas, na rotina do dia-a-dia, e o que é pior, acabam por deixar de ter compromisso com Deus em momentos singelos da vida.
O nosso culto acontece na nossa rotina. O nosso dia-a-dia é uma liturgia de adoração a Deus. Tudo o que fazemos e pensamos é para glória de Deus. Não devemos ser dicotômicos e incoerentes a ponto de só vivermos um compromisso com Deus dentro do templo da igreja, inseridos apenas nos grandes eventos. O culto no templo é consequência do culto que prestamos a Deus e do compromisso que temos com ele em momentos simples e ordinários.
Qual é o tamanho de seu compromisso?
Ele é grande o suficiente para abranger as pequenas coisas da vida?
